Certa vez um menino perguntou para o pai como ele fazia os trabalhos de escola já que ele não tinha computadores quando era jovem.
O pai explicou ao menino que precisava ir até uma biblioteca, ler diversos livros e escrever à mão o que havia encontrado. Depois da explicação, o pai achou engraçado a feição do menino, que ficou chocado com a dificuldade.
As ferramentas de busca da internet são apenas um exemplo de inovação disruptiva que usamos todos os dias. Ela não somente melhorou um processo, mas substituiu e tornou obsoleto a forma anterior de executar uma tarefa.
Essa é a essência para entender o significado de disrupção. No entanto, há muito mais envolvido neste conceito. Vamos saber mais a respeito?
O que é disrupção?
Olhando em um dicionário a definição da palavra é: “ato de romper ou interrupção normal do funcionamento de algo”.
À primeira vista parece algo ruim, mas na área de tecnologia e inovação o conceito ganhou uma conotação bem positiva.
A aplicação do termo “inovação disruptiva” se tornou popular depois de 1997. Em seu livro: “The Innovator ‘s Dilemma”, o Professor de Harvard, Clayton M. Christensen, falou sobre como as revoluções industriais e tecnológicas mudaram positivamente a forma como as coisas eram feitas.
A partir daí, profissionais do Vale do Silício adotaram o termo e ele passou a ser visto de forma positiva.
Entretanto, note que o significado de disrupção é um pouco mais profundo do que uma inovação simples. Para ser considerada disruptiva, uma inovação precisa:
- Criar novos mercados, perturbando ou tornando obsoletos os antigos;
- Melhorar um produto ou serviço de forma que o mercado não esperava;
- Beneficiar uma ampla gama de pessoas a um custo mais acessível.
Perceba que é muito mais ligado a um modelo de negócios do que a tecnologia propriamente dita. Como assim?
Vamos entender isso usando o WhatsApp como exemplo. Este aplicativo melhorou a forma como as pessoas se comunicavam com mensagens.
No entanto, analisando friamente, nós já tínhamos o SMS antes para nos comunicar com mensagens certo?
Porque este aplicativo pode ser um exemplo de inovação disruptiva?
- > O aplicativo tornou obsoleto o uso de SMS;
- > Melhorou um serviço agregando funcionalidades como envio de arquivos, criação de grupos, ligações via web, etc;
- > O aplicativo é grátis e acessível a todos que utilizam um celular com internet.
A inovação que o WhatsApp trouxe foi proporcionada por tecnologias, mas seus efeitos afetaram profundamente a forma como as pessoas passaram a usar aplicativos de mensagens. Isso é a Inovação Disruptiva.
Como a área de TI pode ser afetada por Inovações Disruptivas
Pode ser que neste momento você esteja pensando: “Não tenho condições de criar algo assim na minha empresa.”
Entenda que a concorrência está atrás de melhorias que possam desestruturar o seu mercado e isso pode afetar seriamente os resultados da sua empresa.
Outro significado de disrupção é “perturbação”, por isso, muitas pessoas são avessas à ideia deste tipo de inovação. É trabalhoso e um tanto incômodo, mas extremamente necessário.
Uma das características das inovações disruptivas é um plano de negócios completamente novo, com margens de lucro menores e totalmente diferente da concorrência.
Para ser acessível, esse plano de negócios provavelmente precisará aumentar a eficiência dos processos da empresa, mas com custos bem menores.
O que isso pode exigir da área de TI?
Os profissionais da área de TI, precisarão propor soluções tecnológicas inteiramente novas e que supram as necessidades deste novo modelo de negócios a custos baixos.
Além disso, precisa estar atualizado com o que há de melhor no mercado e estar aberto a mudanças. Também, poderá exigir que se desenhe uma nova estrutura de TI para a empresa. E tudo isso sem parar as operações diárias.
Isso é possível? Sim, mas é preciso uma boa estratégia!
Crie estratégias para facilitar a criação de Inovações Disruptivas
Abrir a mente é o primeiro passo para alinhar sua empresa a esta tendência, livre-se de paradigmas. Antes de dizer o que não pode ser feito, crie um plano e analise as soluções minuciosamente.
Criar um plano para inovações, antes mesmo de começar a implementar qualquer coisa, é essencial. Lembre-se que as inovações disruptivas têm mais a ver com os modelos de negócios do que propriamente tecnologias.
É papel do gestor trabalhar para que o departamento de TI seja incluído ativamente neste planejamento.
Mesmo que ainda não haja planos de inovação à frente, o gestor pode (e deve) começar a criar ambientes que sejam propícios a novas ideias.
Ficar inerte às inovações que acontecem no seu mercado por medo de mexer nos sistemas atuais não deve ser uma opção.
O gestor pode fazer muito para que a estrutura de TI esteja preparada para dar a base tecnológica que a corporação vai precisar para inovar.
Os líderes podem pensar em estratégias para facilitar inovações disruptivas e minimizar os impactos negativos na área de TI.
Veja algumas ideias:
- Pensar em formas de tornar a estrutura de TI mais flexível e dinâmica;
- Dar autonomia para que os departamentos criem iniciativas digitais que estejam alinhados com os objetivos da corporação;
- Agilizar os processos da empresa de uma forma geral, não apenas no desenvolvimento de sistemas;
- Criar estratégias para atrair talentos na área de tecnologia, mantendo uma equipe enxuta e com alto desempenho;
- Incentivar a participação da equipe em hackatons e em redes colaborativas de inovação;
- Alterar o layout dos departamentos para criar um ambiente propício à inovação e comunicação;
O modelo de negócios com baixo lucro e baixo custo.
Outra estratégia essencial que o líder precisa pensar é a de redução de custos.
O modelo clássico de inovação por disruptura apresentado por Christensen prevê um negócio que seja acessível a todos. Esse é um fator-chave para garantir que seu modelo de negócios cause a disruptura do mercado atual.
Garantir essa acessibilidade precisa de uma estratégia forte de iniciar lucros brutos menores e consequentemente uma estrutura de custos bastante enxuta.
É assim que as maiores empresas se garantiram no mercado. Pense nestes exemplos:
- Nubank – sofre prejuízos por não cobrar taxas dos usuários, porém tem milhares de clientes sem ter uma única agência bancária.
- Uber – oferece transporte a um valor acessível com uma frota enorme de carros, mas não arca com o custo dos veículos.
- Airbnb – uma das maiores redes hoteleiras do mundo, disponibiliza diárias mais baratas sem precisar arcar com os custos dos imóveis.
Deu para notar que os baixos custos são a alma da inovação disruptiva, certo?
Trabalhar para reduzir custos não é novidade, afinal, todo gestor já faz isso.
Mas quando se fala da área de TI essa redução parece bem complexa. Dá medo só de pensar na possibilidade de ter instabilidades no sistema na hora de testar opções desconhecidas e mais baratas.
Com uma equipe enxuta, faltam braços e expertise para se dedicar a um projeto tão complexo. Então, como trabalhar para reduzir os custos em TI sem passar por estresse?
Utilizar uma consultoria especializada no assunto é a melhor saída. Você pode contar com a Telecomplus para assessorar a redução de custos na área de TI.
Fazemos análises, entrevistas com stakeholders, criamos um diagnóstico e um plano para redução de custos. Além disso, trabalhamos com o cliente para as implementações.
Para exemplificar como podemos auxiliar, vamos citar um caso:
Ao ajudar uma empresa, fizemos uma análise do modelo minutas assinadas. A cláusula de renovação do período de contratação não excluía claramente o período de fidelidade, gerando multas consideráveis como barreiras de saída caso a empresa desejasse realizar uma nova tomada de preços no mercado.
Nós colocamos a “mão na massa” e ajudamos o cliente a reestruturar e renegociar o modelo das minutas vigentes. Esta única ação resultou na redução de 30% dos seus custos com essa categoria. Em 3 anos captamos R$ 750.000,00 somente com essa alteração contratual.
Esse é apenas um exemplo do que podemos fazer para deixar sua empresa pronta para quaisquer projetos de inovação disruptiva que sua corporação queira começar.
O convite é simples, entre em contato e solicite um Quick Assessment sem custo. Vamos em conjunto identificar a melhor jornada para rapidamente reduzir os custos em TI de sua empresa e prepará-la para desestruturar o mercado da concorrência.
Fabio Furlan é Fundador e Diretor na Telecomplus.